Prototype: Freedom – meu álbum de estreia

Quatro meses longe deste blog. Por uma boa causa. Estive trabalhando muito para lançar, há duas semanas, meu primeiro álbum, “Prototype: Freedom”. São 10 músicas próprias forjadas nas chamas do rock com algumas participações especiais incríveis: Hugo Mariutti (Andre Matos, Remove Silence, ex-Shaman), Fabio Ribeiro (Remove Silence, ex-Andre Matos), Ale Souza (Remove Silence), Daniella Alcarpe e Rodrigo Calejon.
O álbum está disponível para download gratuito e streaming pelo meu site oficial, http://thiagoschiefer.com. Se gostarem, aproveitem pra dar uma passadinha na minha página do Facebook e curti-la – todas as informações sobre shows e outras novidades sairão primeiro lá.

Como gravar um álbum #2 – A pré-produção [Vlog]

Beleza, você viu o post anterior e tá decidido. Vai gravar mesmo. Então vamos para a primeira etapa: a pré-produção. No meu caso, pelo menos, eu fiz essa parte totalmente sozinho, sem envolvimento de outros profissionais (a não ser por várias dicas da minha grande amiga e cantora Daniella Alcarpe). Há quem faça a pré já acompanhado por um produtor, mas não foi meu caso – e eu imagino que também não seja o seu, senão provavelmente ele te explicaria tudo o que eu vou dizer aqui…
Essa é a hora de compor as músicas (e letras, se for o caso), caso ainda não tenha composto. Uma diferenciação aqui é importante: esta é a etapa de ter as composições prontas, mas não necessariamente o arranjo. Em música popular (ou seja, que não é música “clássica”), composição, essencialmente, é o conjunto: melodia principal + acordes + letra (se for música cantada). Tem gente que compõe direto no arranjo (como eu), e tem gente que compõe só com voz e violão ou piano, por exemplo. Tudo vale, mas o mais importante aqui é ter a estrutura da música. Se a melodia X vai ser tocada na guitarra, no trompete ou com vocalize, isso é uma questão de arranjo, não de composição. E seu solo de guitarra, baixo, clarinete ou oboé não necessariamente faz parte da composição – a não ser que você considere aquela melodia uma parte importante para identificar a música.

A demo
Com tudo composto, você vai precisar gravar uma demo pra ver como tudo está soando e pra mostrar para um produtor daqui a pouco. Você tem duas possibilidades para isso: usar um estúdio mais em conta ou gravar em casa.
Se for gravar em casa, você vai precisar de um software de gravação (um gratuito com vários recursos é o Audacity) e, talvez, de uma interface de áudio – uma “placa de som” externa que te permite conectar microfone, guitarra, baixo, violão e outras coisas e obter um som mais limpo. Você até pode usar um microfone ligado direto na placa de som do seu computador, mas provavelmente o resultado não vai ser lá essas coisas – e, convenhamos, é com isso que você vai começar a mostrar seu trabalho, então é bom que o resultado seja razoável.

Banda e ensaios
Se você tem uma banda, além de fazer a demo, é hora de vocês ensaiarem muito. MUITO. Qualquer produtor com quem vocês conversem na próxima etapa vai começar querendo assistir a um ensaio, pra ver se vocês estão prontos pra gravar. Mesmo que vocês gravem multipista (um instrumento de cada vez, que é o mais comum), todo mundo tem que estar entrosado, sabendo bem qual é a parte de cada um, tocando bem junto, com coesão e com um som redondinho, no tempo, cravado no metrônomo.
Se você for artista solo, a ideia é fazer tudo isso, mas sozinho ou com ajuda de amigos pra gravar algum instrumento importante na demo.

Referências
Vale a pena já começar uma playlist com as principais referências do seu som. “Ah, meu, mas minha música é super nova, ninguém nunca fez nada igual, eu sou único e…” Pode parar! Se você OUVE música, você tem referências. Seu som não tem que ser igual ao das referências, mas certamente você gosta de coisas diferentes em cada artista que escuta, e é nisso que você vai pensar para essa listinha. E se você não ouve música… bem, por que mesmo você quer gravar um álbum?
Pra finalizar: um dos produtores com quem eu conversei, o Tuco Marcondes (Zeca Baleiro, Zélia Duncan), me disse uma coisa muito importante: “Só grave quando tiver certeza de que chegou no melhor que sua música pode dar. Se ainda não tem certeza, é melhor esperar um pouco. Depois de gravar, não adianta ter ideias brilhantes”. Ou seja, este é o momento de ter ideias brilhantes.

Como gravar um álbum #1 – A decisão [Vlog]

Acho que ainda não tinha falado aqui no blog, mas eu estou gravando meu primeiro álbum (não vou falar CD porque, né, quase ninguém mais compra CD, então vamos com “álbum” que é mais geral).

Quando comecei, eu me dei conta de que não sabia vááááárias coisas importantes para o processo, e penso que muita gente está nesse mesmo barco. Então resolvi compartilhar com vocês, em uma série de posts, as coisas que fui descobrindo e que podem ajudar quem também está começando. Você pode ler por aqui e/ou ver o vídeo acima, é praticamente a mesma coisa!

1. A decisão

O primeiro passo, por mais óbvio que pareça, é decidir gravar um álbum. Eu tive vontade de ter um CD gravado por muitos anos, mas decidir, decidido mesmo, só em meados de 2012. E essa decisão autêntica é a coisa mais importante pra te segurar durante o processo.

Antes de mais nada, lembre-se de que gravar custa dinheiro (mesmo se for em casa). Tenha reservas, ou comece a juntar agora!

De começo, é legal pensar se você quer um álbum completo (geralmente dez ou mais músicas), um EP (umas seis músicas) ou um single. A maior parte dos artistas tem optado pelo EP, que sai um pouco mais em conta para quem é independente (hoje, a maioria), fica pronto mais rápido e normalmente é o bastante para mostrar a cara do artista.

No meu caso, como é o primeiro registro da minha carreira, eu preferi fazer um álbum mesmo, que vai ficar com dez ou onze faixas e que, na minha percepção, é o mais bacana pra me apresentar como compositor e intérprete. E imagino que as pessoas se sintam mais gratificadas adquirindo um material mais longo. Mas vai de cada um.

No próximo post, vou falar sobre pré-produção. Até lá!